05 DE OUTUBRO DE 2017. POR FAEZA REZENDE

Em nota ao governador, ABCZ cobra segurança para produtores da Bahia

Em nota ao governador, ABCZ cobra segurança para produtores da Bahia

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, enviou esta semana uma carta ao Governador do Estado da Bahia, Rui Costa. No documento, a entidade mostra preocupação com a insegurança sofrida pelos produtores da região e cobra apoio para que os associados continuem desempenhando papel importante para o agronegócio brasileiro. Confira o documento na íntegra:

Senhor Governador,

 

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) vem manifestar a sua preocupação e o seu veemente repúdio às invasões de propriedades rurais e roubos de gado em fazendas no Centro Sul Baiano, perpetradas por grupos de baderneiros, em aberto desrespeito às leis e em absoluto descompasso com o papel que os produtores rurais desempenham no desenvolvimento da economia nacional, no abastecimento de alimentos no mercado interno e nas exportações mundo afora.

Observadas de perto, essas ações são mais uma agressão à ordem pública – já tão desgastada, e são injustificáveis sob todos os aspectos: o legal, o social, o econômico e o político, e evidenciam os métodos daqueles que se aproveitam e dão margem à adoção de aparentes justificações para seus atos covardes.

No aspecto legal é mais uma afronta ao Estado Democrático de Direito, pois que desconsidera princípios consagrados na Constituição Federal e nas Cartas Magnas de quase todos os países. A mera aceitação da argumentação desses indivíduos e de seus grupelhos de que esses imóveis se localizam em áreas consideradas indígenas ou quilombolas, implica na admissão de que eles podem se investir do poder e do exercício das atribuições do Estado para promover seus justiçamentos medievais.

Sob os aspectos econômico e social, a invasão é um desastre, pois além do esbulho da propriedade e de toda a sua região, afronta-se o sistema produtivo brasileiro e os interesses da sociedade baiana, pelos conflitos que gera.

Vê-se, então, nas invasões em tela, apenas o discurso anacrônico, autoritário e unilateral de personagens indispostos ao diálogo, à convivência democrática e ao respeito às leis, reproduzido em ações que provocam instabilidade, insegurança jurídica e conflitos nos campos brasileiros. Campos que têm a missão  de  produzir  cada  vez  mais,  com  mais  produtividade  e qualidade, para alimentar os quase 210 milhões de brasileiros, contribuir com a recuperação da economia e com o equilíbrio da balança comercial, e, ainda, produzir commodities exportáveis para mais de 150 países. Conforme Vossa Excelência pode dimensionar, o Agronegócio é um setor essencial para o país e, especialmente, para os Estados.

Assim, Senhor Governador, cumpre às autoridades competentes e à própria sociedade não contemporizar com a agressão ao Estado Democrático de Direito e não relativizar o fato de constituir crime a invasão de qualquer propriedade, rural ou urbana.

Desta maneira, solicitamos e esperamos de Vossa Excelência a pronta adoção de medidas e providências necessárias à solução dessa situação e o pronto restabelecimento da ordem no Centro Sul da Bahia.

Respeitosamente,

 

Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges

Presidente

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