20 DE AGOSTO DE 2025. POR VINÍCIUS COSTA / FOTOS: JU ESTEVAM

18ª ExpoGenética: Agro Sem Fronteiras discute expansão de mercados para genética animal

18ª ExpoGenética: Agro Sem Fronteiras discute expansão de mercados para genética animal
O Salão Internacional da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) recebeu, na tarde de ontem (19), o encontro Agro Sem Fronteiras, que contou com a participação da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) e de equipes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Durante o evento, foram apresentados dados do Mapa sobre o potencial de expansão das rotas comerciais internacionais para o agronegócio. Só nos últimos dois anos, mais de 400 mercados foram abertos para o agro nacional. Dezoito desses canais, estabelecidos apenas em 2025, são voltados à exportação de material genético animal.



“São dados muito tranquilizadores, que nos deixam bastante otimistas. Nós vemos, por exemplo, que no cenário mundial existe um declínio da capacidade de produção de outros países, enquanto o Brasil ainda tem potencial de crescimento. Hoje, já estamos suprindo uma demanda muito grande por proteína animal. Além disso, as aberturas de mercado e o interesse crescente de outros países, que às vezes nunca haviam nos procurado e agora estão buscando o Brasil, mostram que temos muito a oferecer em tecnologia e produção tropical”, comenta a supervisora de Relações Internacionais da ABCZ, Raquel Borges.



Segundo a diretora do Departamento de Promoção e Investimentos da Secretaria de Relações Internacionais do Mapa, Ângela Pimenta Peres, o potencial é de ainda mais expansão. “Abrimos, somente neste ano de 2025, 18 novos mercados para material genético animal. Ou seja, é uma grande oportunidade para os pecuaristas brasileiros venderem seus produtos em outros países. Isso consolida a exportação de uma tecnologia brasileira, de um produto de altíssimo valor agregado para o exterior.”



A abertura de mercado, no entanto, representa apenas um protocolo, o primeiro passo para o estabelecimento de uma relação comercial. Os criadores e pecuaristas dispostos a esse tipo de negociação ainda precisam dar continuidade ao processo, criando conexões para manter contatos sólidos com os importadores internacionais.

Para alavancar as negociações, a ABCZ desenvolve o projeto Brazilian Cattle, voltado a viabilizar as exportações. “Quando se abre o protocolo, não significa que todo o processo está feito. É um importante passo, uma porta de entrada. Mas precisamos criar pontes. As pessoas querem exportar, existem compradores interessados, mas o protocolo precisa ser viável. As condições sanitárias têm que ser observadas, e o produto precisa chegar ao destino de forma economicamente sustentável, com boa relação custo-benefício. Não conseguiríamos avançar sem o compromisso de toda a cadeia”, explica Raquel Borges.



No evento também foi anunciada a construção do Índex de Embriões, projeto da ASBIA que será direcionado, em um primeiro momento, aos laboratórios e, em seguida, a criatórios e técnicos.

“Quando lançarmos o Índex de Embriões, o criador vai perceber: tudo isso já é produzido e eu ainda não faço parte disso. Esse relatório vai mostrar como já somos grandes no setor de embriões, muito maiores do que muitos imaginam. E, no mínimo, vai levar o criador a refletir sobre a adesão a uma tecnologia que promove uma forte pressão de seleção, algo cada vez mais evidente no mercado”, destaca a diretora-executiva da ASBIA, Lilian Matimoto.

A 18ª ExpoGenética é organizada pela ABCZ, com patrocínios de Neogen, Virbac, Real H e Romancini Troncos e Balanças, apoio do Banco do Brasil, CNA/Faemg/Senar, Fazu e Sebrae. O café oficial da feira é o Dona Neném. A cerveja oficial é Itaipava, do Grupo Petrópolis.
 

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