A pedido da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou por mais seis meses o prazo excepcional que autoriza a atribuição de nomes comerciais ou apelidos a animais que já detêm Registro Genealógico Definitivo (RGD).

Tradicionalmente, a possibilidade de incluir apelidos é limitada ao período em que o zebuíno possuía apenas o Registro Genealógico de Nascimento (RGN). Após a concessão do RGD, a legislação não permitia nenhuma alteração. 
No entanto, diante da demanda de criadores e visando oferecer maior flexibilidade para a identificação dos animais, a ABCZ solicitou ao Mapa a abertura de um prazo excepcional, já iniciado no ano passado.

Segundo o Superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, o pedido reflete a realidade prática dos criatórios.

“Ficaram vários pedidos de animais que já tinham registro definitivo e sem apelido. Então, concedemos um prazo em acordo com o Mapa para que aqueles criadores que quisessem atribuíssem um apelido aos seus animais já portadores de RGD. Esse prazo terminou em março, mas continuaram existindo novos pedidos, talvez porque ainda era uma novidade. Pleiteamos novamente ao ministério que ampliasse este prazo – e foi, agora, concedida uma ampliação de mais seis meses para aqueles criadores que queiram atribuir um apelido a um animal já portador de registro definitivo”, explica.

​​​​​​​Vale ressaltar que a inclusão do apelido não substitui o nome oficial do animal registrado na Comunicação de Nascimento (CDN), mas aparece como informação adicional em seu certificado de registro, nos relatórios e em todos os dados genealógicos vinculados ao banco de dados da ABCZ. O objetivo é atender à demanda de criadores que desejam reforçar a identidade comercial de determinados exemplares, especialmente aqueles de maior destaque em leilões, exposições ou centrais de inseminação.

O Gerente da EAO Agropecuária, Max Pereira, esclarece como a medida pode beneficiar os criatórios, especialmente no que diz respeito à comercialização de animais.

“Uma regra da EAO é colocar a letra antes do número, mas são números muito longos. Tivemos, por exemplo, mais de 7 mil animais nascidos só no ano passado. A gente entende, pelo volume expressivo, que fica complicado colocar apelidos em 100% dos animais. Por isso, os apelidos ficam restritos a casos pontuais, como animais que vão para centrais de sêmen ou quando é um pedido específico de um cliente”, comentou.

​​​​​​​Produtores interessados em acrescentar o nome comercial aos registros dos seus animais devem entrar em contato pela ABCZ pelos canais convencionais.